"Agarra-me esta noite
Sente o tempo que eu perdi
Agarra-me esta noite
Que amanhã não estou aqui"

Pedro Abrunhosa

Tudo em mim é desacordo,

espero e não chegas.

Não uso relógios, para enganar o tempo,

Assim engano-me a mim mesma,

Faço coisas no lugar de te esperar,

Não desisto,

Porque tu também me procuras.

Se não te encontrar… então é porque o tempo parou!




Escrito por: Ana Brinca Almeida

“Cantar Lorca” é uma colagem de textos do autor espanhol, cujo coração batia ao ritmo do povo e que foi assassinado às mãos do regime Franquista. A obra de Lorca é uma aposta na beleza e no humanismo, mas é um acto revolucionário. Autor partidário “dos que nada têm, mas que até o nada lhes é negado”, será experimentado pelo TAS, num espectáculo musicado tocado e cantado ao vivo e onde conta, pela primeira vez, com a participação de Emanuel Sousa, um jovem músico setubalense – que compôs a música original da peça -, que toca guitarra ao vivo, para além de uma pequena participação como actor.

Tal como já referimos, a peça tem encenação a cargo de Célia David e interpretação de Ana Brinca, Maria Simões, Miguel Assis, Isabel Ganilho, Sónia Martins e Susana Brito. “Cantar Lorca” pode ser visto, em Dezembro na próxima quinta-feira, dia de estreia, sexta e sábado, às 21.30 horas e no domingo às 16 horas. Em Janeiro será apresentado às quintas (a primeira das quais a 6), sextas, sábados às 21.30 horas e aos domingos às 16 horas no Teatro de Bolso.

O preço do bilhete é de 10 euros, para estudantes e de 5 euros para maiores de 65 anos.

Actualizando séries.

Vais ou ficas?
Partilhas uma estrela, enquanto podias dar a lua,
Vislumbro nos teus olhos… sonhos que outrora foram meus.
Voz de poeta adormecido, e tudo fica sem sentido.
Vais ?
Ficas?
A minha vontade, não tem que ser a tua,
O meu coração pode não ser teu,
Mas se eu quiser o teu...

FICAS?

Fica se TUDO valer a pena
PARTE se nada te faz ficar !

Ana Brinca

P.s: Numa daquelas noites que podia escrever , sem parar .

Ela decidiu-se pelo mais fácil.

Ficar quieta.

Respirou o ar dos sonhos…suspirou num espaço de três horas e pensou num único nome. Contemplou o rosto que tem nome, o corpo que tem vida e a voz que é soprada pelo vento. Enquanto o tempo dormia, ela esqueceu-se do mundo, dela própria e viajou com o seu coração. Perdida nos seus próprios pensamentos, percorreu um caminho que implicava fazer escolhas. A sua vontade era ficar com o rosto que tem corpo e que tem também coração. Mas a voz silenciosa decidiu permanecer perdida no tempo, e vazia no espaço. Entre tanto e nada, o aperto e o nó, o verbo mais-que-perfeito-amor, agarrou se ao seu peito como uma manta que lhe aqueceu a pele e a queimou. Tornou-se fundo,cada vez fazia mais, sentir o eco das palavras que ficaram guardadas entre o infinito, impossível de agarrar. Separados por entre os segredos um do outro, inventaram uma história, e escreveram o que é impossível de acontecer: “ Juntos para sempre”.


Ana B.

Ficar ou Partir?

Quando me ligam:
a) se tenho caneta, não tenho papel.
b) se tenho papel não tenho caneta.
c) se tenho ambos ninguém liga.
Lei de Murphy

O seu retrato, negro e sombrio. Apaga o seu rosto com unhas fracas e guarda os frutos do desejo com medo de não ter forças para resistir...


Imagem de Shannon Hourigan

Ganhei coisas que ainda estou por descobrir,
Perdi outras que agora estou à procura,
Como se a vida apagasse, na palma da minha mão,
E se construísse na outra!
Fosse uma balança ,com contrapeso,
e não soubesse por qual optar.
Construção, desconstrução?
É este o dilema, que me torna um ser estranho,
É o medo que me persegue e eu tento esconder-me dele,
Porque não o enfrento de vez , para que se vá embora?
Gosto de tantas pessoas que conheci, outras gosto sem conhecer ,
É estranho e confuso .. os opostos , os antónimos, também gosto dos sinónimos.
Tudo está implícito numa palavra , mas são os gestos que “falam” por si!
E hoje disseram –me que o mundo não é cor-de-rosa, e eu respondi que queria que fosse azul ou então um arco-íris ..
Sim.. se eu escolhesse, o mundo teria muitas cores , com lugar para todas elas , e ficariam bem, umas com as outras.
Haveriam pássaros em tons prateados, estrelas no tecto do meu quarto..
Como distraio-me com delírios, mas sem eles não consigo passar para outra dimensão,
Tudo tem dois lados,
O lado bom e o mau,
O positivo e o negativo,
A vida é um íman? Um campo magnético?
Não há explicação para tudo , mas eu gosto de ter controle das coisas..
E se eu me deixasse levar um dia, sem fazer escolhas?
Porque tenho que ouvir sempre a voz da consciência «Não faças isso» … não, não, não!
Tantos “não´s”, luto contra eles todos os dias,sou a minha maior luta..
As palavras estão adormecidas, sem horas para acordar, com um tempo indefinido,sem se soltarem.. Preciso de gritar e aprender a voar.E se voltar a ganhar o que perdi e já não quiser de volta?
Não interessa. Hoje não vou romantizar, para que pareça bonito. Amanhã é outro dia.
Des..
Desc..
De...
Descon...
Descontruç...
Descontrução!



The end

Ana Brinca

Adorei o postal que recebi hoje..Obrigada Pai , por este texto e pelas tuas palavras..

Despedida?


Acredito em ti ! Acredito em ti !
Nas tuas doces palavras, que me atiravam para uma suave sensação e sem me aperceber fui reparando nos teus lindos traços , que se assemelhavam a um quadro renascentista. A tua voz era uma melodia que aprendi a ouvir. Aquele era um dia igual a tantos outros mas diferente porque decidi encher a casa de velas com um doce aroma que se espalhava por toda a parte. Fiz-te o jantar porque calculei que devias estar exausto ! Espreitei pela janela pois ouvi uns passos que se assemelhavam aos teus.. aqueles que quase corriam para vir ao meu encontro! Apercebi- me mais tarde, que tu nunca me deixavas bilhetes com palavras enternecedoras , que não me cobrias a cama de pétalas , e nesse dia foi diferente!

Acredito em ti , Acredito em ti !
Era a voz que eu me permitia ouvir. Tu e eu , eramos o verbo passado do sentir e o verbo presente do sofrer!

Ana B.

Numa noite onde não se ouve nada, senão o barulho das teclas ,
os olhos que tendem a manter-se abertos, sem horas para adormecer.
Necessito tanto de escrever , como de àgua para beber!
Ando num corrupio,
Com horas para muita coisa e para coisa nenhuma!
Mas é disso que se alimenta o meu corpo,
Do tempo que ainda tenho, e do que posso fazer dele.
Olho pela janela e vislumbro pequenas estrelas que nos lembram que aqui somos um pedaço de tudo e um resto de nada!
Não quero ser tudo, quero ser inteira!
Não que não queira nada, quero o que é meu por direito.
Como a vida muda ou nós mudamos as perpectivas,
Como um caminho leva ao outro, sem muitas vezes nos cruzarmos,
hoje não quero silêncio , quero música!
Quero ter-te entre os meus braços ,Só isso!
Amanhã logo se vê...

Ana Brinca Almeida

Os alunos do Curso de Formação de Actores vão apresentar, no próximo sábado dia 27 de Fevereiro um projecto criado pela turma finalista da ACT – Escola de Actores. Trata-se de “NiceStrip Bar”, um filme com a duração de 50 minutos, e que nos conta a história de uma rapariga que vive no underground da noite da cidade. Com a sua câmara, ela consegue “roubar” e gravar o lado negro dos clientes de uma discoteca. Durante a noite, cruzam-se personagens, entre a realidade e os “teletrips”…

“NiceStrip Bar” é o título desta obra criada de raiz pelos alunos finalistas da ACT e que contou com a especial colaboração de Marie Brand (realizadora francesa que desde o início dirigiu o trabalho dos estudantes desde a escrita até à realização e montagem).

“Este projecto é, efectivamente, muito enriquecedor para os finalistas do Curso de Formação de Actores”, afirma Patricia Vasconcelos, Directora da ACT, acrescentando “desde actores, passando por maquilhadores, cabeleireiros, assistentes de produção, realização e iluminação, os alunos aprenderam de uma forma totalmente real o que se vive no mundo do cinema. Quando o projecto terminou todos sabiam, perfeitamente, como se faz um filme!”

O projecto desenvolvido pelos alunos vai ser agora apresentado ao público, no dia 27 de Fevereiro (já este sábado) em três sessões exclusivas: Fnac do Chiado (15h00), Cinemateca – Sala Luís de Pina (17h00) e Cinema S. Jorge – Sala 3 (20h00).

As sessões na Cinemateca e Cinema S. Jorge serão seguidas de uma pequena palestra sobre o todo o processo de trabalho desenvolvido durante este projecto.

Fonte:Act escola de actores

Lua de mel, Lua de fel; Roman Polanski


Imaginei-a a olhar para aquela lua lindíssima. A mesma lua que eu via... mas a ela devia paracer menos bonita. Vemos as coisas de acordo com o nosso estado de espítito. Para ela, deve ter parecido veneno; para mim, era doce como um pêssego. (Oscar)

Até 28 de Fevereiro, em Setúbal – TAS (Teatro Animação de Setúbal) apresenta “A lenda da moura encantada”, musical de Fernando Gomes, no Teatro de Bolso (R. Dr. Aníbal Álvares da Silva), de quinta a sábado (21h30) e ao domingo (16h00). www.tas.pt

Elenco: Célia David, Duarte Victor, Isabel Ganilho, José Nobre, Maria Simões, Maria Sobral, Miguel Assis, Sónia Martins, Susana Brito. Os figurinos são da autoria de Zé Nova;

Recomendo vivamente, Adorei! Parabéns a todos :)

Uma história bastante comovente. Li-o em 3 dias e não descansei enquanto não o acabei. Recomendo se gostam de livros com histórias verídicas como: queimada viva, vendidas .

Resumo:Esta é uma histórica verídica contada na primeira pessoa. Separada da mãe verdadeira ao nascer, Anya cresce num ambiente de terror, dominado pelo seu tio manipulador e violento. Agredida, humilhada e violada por ele desde os seis anos de idade, Anya pensa que nada mais lhe poderá acontecer. Mas acontece…
O tio de Anya torna.se descuidado nas suas agressões e começa a violá.la à frente dos outros filhos. Quando os seus irmãos passam a chamá.la de "prostituta", Anya não consegue aguentar e todos os segredos que é obrigada a guardar desde sempre são revelados. E então, a sua “Mamã”(tia), a única pessoa que Anya sempre amou e cujo afecto a ajudara a suportar aquela existência de terror, abandona-a.
Decidida a começar uma nova vida, Anya esconde os seus sentimentos e tenta seguir em frente. Mas quando se torna uma sem-abrigo, passando a viver no próprio carro, sabe que tem de lidar com os segredos do passado para poder encontrar a segurança e felicidade que sempre desejou. Anya começa, então, a descrever as suas experiências num diário na Internet. Rapidamente, o seu blogue conquista uma série de leitores, contribuindo para a reflexão os "sem-abrigo escondidos" e levando à publicação da sua história.
Hoje, Anya já não é uma sem-abrigo. Anya Peters é um pseudónimo.